Anjo autista
domingo, 26 de agosto de 2012
R eparando
Quando desconfiei que meu filho fosse Autista, comecei a analisar todo o seu comportamento, e vi que muita coisa se encaixava, como por exemplo a alta tolerância a dor, o pai dele brincava que ele era "macho" não tinha frescura, ele só chorava se fosse uma coisa muita doida e mesmo assim era um choro contido ele não gosta de chorar, então quando chora ficamos muito preocupados. Hoje sabemos que isso é por causa do autismo. Outra coisa que me chamou muita atenção é que ele não tem medo de nada de altura, de escuro, de barata, de bicho nenhum, o medico me explicou que eles não tem a adrenalina que o corpo solta mesmo não sabendo que aquilo é perigoso. e a maneira diferente de usar os brinquedos, e de se relacionar com os bichos.
As outras pessoas
É engraçado como as pessoas julgam uma criança sem saber de nada, sempre ouvi que meu filho não tem limites, é mal educado, desobediente, anti social, problemático, doentinho, egoísta, não fala com as pessoas, e é fresco.Sem limites porque, só porque na casa dele ele faz o que quer, desde de que isso não vá prejudica-lo, foi o outro que veio visita-lo então aqui são as regras dele, mal educado porque? porque ele tem vontade própria e muita personalidade. Desobediente ? sim, pois ele não consegue entender da mesma maneira que outras crianças, sinceramente isso eu também achava, mais depois comecei a entender certas coisas. anti social ? sim, ele não é aquela criança que repete tudo que o povo quer eu falo que ele é criança não papagaio, e não vai com qualquer um, se ele não te conhece ele não vai falar com você. Agora problemático e doentinho já é demais para minha pessoa,.Egoísta, pode ser ele não tem o habito de emprestar brinquedos para quem não conhece, não sei se isso é egoismo.
Quando eu disse para as pessoas mais próximas que ele é autista algumas pessoas falaram que agora piorou tudo ele vai ficar cada vez pior.
Quando eu disse para as pessoas mais próximas que ele é autista algumas pessoas falaram que agora piorou tudo ele vai ficar cada vez pior.
Inicio da história
Tudo começou mais de seis anos, logo assim que eu me casei de novo
eu engravidei só que por algum motivo o meu bebê não havia batimento cardíaco,
assim tive que fazer uma curetagem, dava para ver que o feto era de um menino,
um ano depois eu engravidei e tive a minha filha normalmente, depois de mais um
ano e meio meu filho estava nascendo.
Quando eu
engravidei, ela tinha penas 7 meses fiquei meio assustada mais nunca pensei nem
por um momento em tirar o meu bebê, eu não desconfiava que estivesse grávida
porque nem havia menstruado ainda, estava fazendo os exames para colocar o DIU.
Tive uma gestação tranqüila depois de passado o susto e saudável.
Assim que o meu
filho nasceu vimos que ele tinha um marca no peito, uma cicatriz que ficava bem
encima do coração, a linha tinha a marca dos pontos e tudo, como seu o meu
filho tivesse sido operado, a minha vó no dia seguinte do nascimento dele foi
ver ele no hospital, assim que chegou ela foi lavar as mãos e tirou toda a sua
roupa ficamos um pouco assustados, porque ela tem Alzheimer, e não sabíamos o
que ela queria fazer, mesmo assim deixamos, ela o olhou todo o saco os pés a
cabeça os braços e par no abdômen e disse "DEUS O CONSERTOU", na hora
eu quis chorar, mas me controlei. minha tia disse que a minha vó quando soube
que ia ver meu filho foi tomar banho não passou perfume, pode parecer besteira,
mais devido a doença ela não gosta muito de banho todo dia é uma briga para
coloca-l no chuveiro, mas parece que ela teve um momento de lucidez.
A primeira
consulta com o pediatra ele perguntou se o Henrique já havia sido operado,
quando eu disse que não ele me olhou e fez uma cara um pouco estranha, ele
sempre foi um bebê diferente, não era chorão nem risonho olhava gente dentro
dos olhos eu dizia que era dentro da alma por que era assim que eu sentia, teve
seu desenvolvimento motor normal, mas a fala muito atrasada, com um ano ele
disse ma (mãe) e co (vó), mas foi só isso, com um ano e meio vieram umas
palavras totalmente sem sentido, brincamos que ele falava em alemão, outras
palavras só vieram com dois anos, ele nessa época já se isolava para brincar,
mas nunca chamou a minha atenção porque eu achava que era para não brincar com
as meninas o tempo todo, mas ele também não brincava com outros meninos, não
era de ir com qualquer um, sempre foi muito seletivo.
Com dois anos eu o
levei a uma fonoaudióloga, mais ela não reparou nada só foram ensinado algumas
coisas, ele parou de ir à fono por problemas de saúde, mas ele já fazia a
repetição de palavras, tinha o habito de enfileirar brinquedos, virar os
carrinhos para colocar as rodas para cima e fazer elas ficarem girando. Mas com
dois anos e meio ele aprendeu as vogais em libras, eu sempre me achei
"pronta para ter um filho especial".
Há uns três meses
atrás a minha mãe viu uma reportagem sobre o autismo, e ligou falando sobre a
matéria e eu na hora não pude ver mais assim que pude eu fui buscar a matéria
na internet, mesmo assim ela já disse que tudo era muito parecido com o
Henrique, quando vi a matéria tive a certeza que meu filho era
"especial", esse sentimento sempre esteve muito presente para mim.
Nesse dia caiu a ficha, de tudo que eu já tinha ouvido, que ele era mal educado
sem limites, anti social, egoísta, e agressivo, mais foi ai que começou
toda a dificuldade.
Procurar medicos
capazes de fazer um diagnostico, alguém que me falasse se ele tem "algo'
ou não, se o problema dele é só de fala uma fono que possa me ajudar. Fui a um
primeiro o medico disse que meu filho não tinha nada, mas passou um calmante e
um mapeamento cerebral, não fiquei satisfeita com isso acho que ele poderia ter
me explicado o porquê do exame, ai fui a um segundo medico, que ele deu o
diagnostico de autismo pro meu filho, e não satisfeita fui a um terceiro ele
também deu um diagnostico, falei para ele que já havia ido a dois outros médicos,
e ele sim me explicou tudo, sobre a dificuldade de fechar um diagnostico
preciso, que o exame nada mais é par descartar outro problema que ele possa ter
e que o calmante a maioria dos pais querem par poder ter um filho mais
"calmo".
Olha eu não
trabalho para cuidar dos meus filhos e não quero uma criança dopada em casa,
até porque o "grau" do meu filho é muito baixo, ele disse que o meu
filho é um autista gênio.
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